O conjunto “Voz da verdade”

Você sabia que o grupo musical “Voz da verdade” pertence a uma igreja que não crê na doutrina bíblica da trindade. Esse grupo defende a heresia sabeliana ou unitarista que afirma que Pai, Filho e Espírito Santo eram títulos de uma mesma pessoa. Desse modo, eles imaginam que, quando Jesus orava ao Pai, ele orava a si mesmo. Essa heresia, também denominada de modalismo, foi combatida por Tertuliano, o ilustre Pai da Igreja que nasceu cerca de 50 anos após a morte do apóstolo João. Tertuliano chamou essa heresia de “Patripassionismo”, pois, pelo fato de os hereges não distinguirem as pessoas da Trindade, eles entendiam que o Pai havia sofrido na cruz.

A Bíblia distingue claramente as três pessoas na divindade. Jesus disse acerca do Pai: “Se eu testifico de mim mesmo, o meu testemunho não é verdadeiro. Há outro que testifica de mim, e sei que o testemunho que ele dá de mim é verdadeiro” (João 5: 31-32). Acerca do Espírito Santo, Jesus disse: “E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador...” (João 14: 16).

Jesus nunca disse “Eu sou o Pai”, mas, sim, “Eu e o Pai somos um” (João 10: 30). A unidade divina das pessoas não é o mesmo que identificação das pessoas. Oramos ao Pai em nome de Jesus na expectativa de que o Espírito opere.

Esse conjunto herege (“Voz da verdade”) não crê na fórmula bíblica de batismo (em nome da trindade), mas batiza “em nome de Jesus”. Jesus, porém, ordenou o batismo “em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” (Mateus 28: 19 – note a repetição da conjunção “e”).

Em Atos, nós não temos (como em Mateus) nenhuma ordem sobre como os ministros devem batizar. Temos apenas a ordem aos que vem para o batismo, sobre como devem vir, no caso, “em nome de Jesus”. O que batiza invoca a Trindade conforme Mateus 28: 19, mas o candidato ao batismo deve invocar Jesus como Senhor como condição para o batismo (Atos 22: 16). Quando Pedro disse para cada um ser batizado em nome de Jesus Cristo (Atos 2: 38), ele não falou aos que iam batizar os convertidos, mas aos que vinham ser batizados para arrependimento. A confissão do nome de Jesus não é a fórmula, mas a condição para o batismo. Se interpretássemos as passagens de Atos sobre o batismo em nome de Jesus como referência à fórmula batismal, teríamos, então, várias fórmulas (?): “em nome de Jesus Cristo” (Atos 2: 38), “em nome do Senhor” (Atos 10: 48), “em nome do Senhor Jesus” (Atos 19: 5).

Os membros da “Voz da Verdade” costumam citar a seu favor o texto de Colossenses 3: 17 (“...fazei tudo em nome do Senhor Jesus”), omitindo propositalmente o que se segue (“dando por ELE graças a DEUS PAI”). Esse texto de Colossenses nada fala sobre batismo, mas se refere à conduta cristã. Fazer as coisas em nome de Jesus é seguir suas pisadas, é agir como se fosse ele, não é uma fórmula sacramental. No caso, o “Voz da Verdade” não faz as coisas em nome de Jesus, pois não o obedece.

O batismo bíblico tem a forma trinitária, pois foi a Trindade que confirmou a sua prática. Jesus validou o batismo ao ter sido batizado por João Batista. Naquele momento, o Pai validou o ato do Filho, ao dizer: “Tu és meu filho amado, em ti me tenho comprazido”. O Espírito Santo, então, desceu sobre Jesus na forma de uma pomba (Lucas 3: 21-22).

O Didaque (Primeiro catecismo da igreja cristã) e os escritos dos pais da igreja fazem menção unânime a prática e a fórmula de batizar em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo. Nenhum documento antigo revela outra fórmula. O credo apostólico e o credo niceno distinguem as três pessoas da divindade.

A Bíblia distingue bem a triunidade de Deus:

“Porque, por ELE (Jesus), ambos temos acesso ao PAI em um mesmo ESPÍRITO” (Efésios 2: 18)

“A graça do SENHOR JESUS CRISTO, E o amor de DEUS, E a comunhão do ESPÍRITO SANTO sejam com vós todos” (II Cor. 13: 13)

O conjunto “Voz da Verdade” é uma seita que nega o que há de mais antigo e verdadeiro na fé cristã. Os que ouvem e apreciam as músicas desse conjunto são cúmplices de suas heresias!

Pastor Glauco Barreira M. Filho (26.08.2010)